A denominação e os objetivos das equipes definidas no Manual de Plano de Ação de Emergência torna-se válido para maioria dos casos, isto não quer dizer que para obter um rendimento ótimo na estrutura desse plano não há necessidade ou conveniente em alguns casos efetuar mudanças nos objetivos.
Aparentemente as siglas ( EPI, ESI, EPA, EAE, LI, LE) leva a pensar no aumento da burocracia.
O espírito de qualquer estrutura de equipe de emergência não deve ser burocrata, mas decidir, trata-se de realizar "tem que realizar" de maneira mais simples possível.
Entretanto, o fato de adotar uma determinada nomenclatura para as equipes, imaginamos mais uma complicação para implantação do plano, o que será aconselhável simplificar ao máximo.
Entendemos que a dificuldade para elaboração e como na implantação de um plano de emergência é "fazê-lo fácil e assimilável" para o pessoal que tem que levá-lo ao fim.
Continuando os detalhes das denominações e objetivos das equipes de emergência, tomando como base às denominações acima mencionadas.
EQUIPE DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO - EPI
Como a primeira missão dos componentes desta equipe, destacaríamos observar as medidas de prevenção de incêndio e sua manutenção. Outra função dessa equipe seria a confirmação de emergência na sua área de atuação, sinalizando através de uma central de detecção de incêndio.
Por último a utilização dos meios de primeira intervenção em caso de emergência (avaliação prévia das possibilidades de extinção) que na maioria dos casos será os extintores portáteis e inclusive o sistema de hidrante com mangueiras de 1 1/2".
EQUIPE DE SEGUNDA INTERVENÇÃO - ESI
A equipe de segunda intervenção utilizará os meios de extinção mais potentes instalados nos edifícios (mangueiras de 2 1/2", canhão d'água, etc). Seu nível de treinamento e especialização dependerá fundamental¬mente das condições de risco, confiando em muitos casos, como se comentou anteriormente ao Corpo de Bombeiros.
Tradicionalmente a brigada de incêndio é composta pelo próprio pessoal do departamento de manutenção, pelo conhecimento da empresa (instalações de proteção contra incêndio e instalações em geral).
EQUIPE DE ALARME E EVACUAÇÃO - (EAE)
Sua missão será dirigir ou encaminhar os ocupantes do edifício a um lugar suficientemente seguro em caso de alarme de evacuação.
Em alguns casos, como ocorre em edifício com ocupantes habituais (escritórios) onde se executa treinamento de evacuação mediante simulação, a formação de uma equipe de evacuação não é crítica, exceto para realizar a confirmação de evacuação de sua área (elemento responsável pela evacuação da área).
Porém essa equipe adquire importância extrema em locais suscetíveis de aparição de situação de pânico (centros comerciais, edifícios públicos, shopping center).Nesses tipos de locais é muito importante trabalhar na evacuação, inclusive antes de receber a ordem ou alarme (preparação da evacuação).
Em algumas ocasiões inclui na equipe de Alarme e Evacuação a figura do salva documento, cuja missão é resgatar as informações ou documentos de suma importância da empresa (softwares, documentos, etc).
O número de componentes dessa equipe dependerá das características do local (amplitude, compartimentação, etc) e a diversidade das tarefas a realizar.
EQUIPE DE PRIMEIRO AUXÍLIO - EPA
Sua missão será prestar os primeiros socorros aos possíveis afetados pela emergência (feridos, desmaio, etc).Quando existe uma equipe médica no edifício na empresa o EPA será formado por esse pessoal (médicos, enfermeiros) e diante da necessidade da existência do EPA, poderia ser formado ou complementado pelos componentes do EPI ou EAE.
LÍDER DE INTERVENÇÃO (LI) E LÍDER DE EMERGÊNCIA (LE)
A missão do líder de intervenção será comandar, coordenar a emergência, a atuação das equipes de emergência. A sua formação será de acordo com o serviço a desempenhar, tanto a nível teórico como prático, no controle de acidentes que possam ocorrer.
O líder de emergência é responsável operacionalmente pela execução da atuação das equipes de emergência, para o qual é imprescindível contar com o apoio da direção da empresa, pois em alguns casos terá a necessidade de executar medidas drásticas quanto à responsabilidade (parada de produção, corte de emergência, início de evacuação, etc).
O seu lugar de atuação (comando) será no centro de controle de alarme (lugar onde se centraliza as comunicações e sistema de alarme). O líder de intervenção será responsável pela estratégia de emergência (fonte de informações) enquanto o líder de emergência executará as decisões.
Ambos devem ser facilmente localizados na empresa (igual ESI) e designar substitutos em caso de ausência.O líder de emergência investigará após sinistro, tanto as causas como as circunstâncias da ocorrência e as medidas corretivas adequadas.
A formação pessoal que desempenhará essas funções será do tipo técnico, com sólidos conhecimentos em prevenção, extinção de incêndio e plano de emergência.
OCUPANTES DO CENTRO DE CONTROLE
O centro de controle é peça fundamental do desenvolvimento de qualquer plano de emergência (centro de detecção e de coordenação de informações).
Os elementos do centro devem estar aptos para utilização dos meios de comunicação (rádios portáteis, centro de controle de rádio para as equipes de emergência e detecção).
Nos primeiros momentos atuam como ativadores do plano de emergência, portanto, sua instrução deve ser muita clara para suposta emergência (local de origem da emergência, circunstância gravidade da emergência).
CONDICIONANTES ESPECIAIS DAS EQUIPES
Em algumas atividades serão necessários praticamente, o treinamento total dos empregados, para que tenham formação especial e homogênea. Como exemplo; os estabelecimentos hoteleiros, hospitais, shopping center, grandes magazines, locais de concentração pública, teatro, cinema, edifícios públicos. Nesses lugares, praticamente a totalidade dos funcionários deve participar em caso, de emergência, tanto nos trabalhos de intervenção (com quaisquer meios disponíveis) como de evacuação especialmente problemática em hospitais.
CONDICIONANTES ECONÔMICOS